No som dos tambores,
Na alma do Candomblé,
Nasce um menino negro
é o Preto Zé.
Corre descalços pelos campos,
tem um coração de ouro,
mas permanece um sofrimento
duradouro.
Se esconde pelos quilombos,
vive se refugiando,
foge do capitão
que não tem dó, nem perdão!
Sente o cheiro da terra,
e o sabor da liberdade,
mas o senhor patrão
não tem dó, nem piedade.
Sonha como um ser humano,
mas vive perambulando
com medo de ser caçado,
de ser ferido e maltratado.
Quando o sol vai embora,
preto Zé, vê que chegou a hora...
hora de se sustentar,
avisa a mãe que está na hora de jantar!
Janta uma feijoada,
como todo mundo dizia,
essa é a comida que há de mais valia.
Tem um sabor brasileiro,
é o feijão verdadeiro
de um povo que tem valor
que luta com todo amor.
Preto Zé vai passear,
vai andar a pé ,na busca de um caminho,
onde ele encontre a fé.
Foi aí que teve uma surpresa
ofuscando toda beleza;
chega o capitão e o captura
sem dó nem perdão!
Zé é marcado e açoitado
seu corpo já esta cansado
por marcas profundas e doloridas
que rasgam suas mãos perdidas
No som dos tambores,
Na alma do candomblé,
morre um menino negro
é o Preto Zé.
(Carol Castro)
(Carol Castro)
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