quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bob Marley 30 anos perpetuados na lembrança do Reggae






Os ventos que as vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado.Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre...
 (Bob Marley)












Esta quarta-feira assinala os 30 anos passados desde a morte de Robert Nesta Marley, um dos raros músicos à escala mundial que concentrou em si os louros por ter atirado para a ribalta e notoriedade um estilo musical: o reggae, alma e paixão da cultura do seu país, a Jamaica.
A história do reggae confunde-se com o percurso de Bob Marley. O ano de 1945 trazia ao mundo o fim do confronto armado mais mortífero à escala mundial, e a 6 de Fevereiro nascia, em Nine Mile, na Jamaica, aquele que viria a assumir-se como um mensageiro de paz, amor e felicidade para gerações actuais e vindouras.
Marley cresce no seio de uma família pobre e no fim dos anos 50 muda-se para a capital jamaicana, Kigston, fixando-se no bairro pobre de Trench Town. É aí que conhece Bunny Wailer e Peter Tosh, amigos com os quais começa a interessar-se pela música ska e a praticar os seus dotes vocais.
Em 1962 tenta a sua sorte numa audição com um empresário da música local, Leslie Kong, que lhe rende a gravação dos seus dois primeiros singles: 'Judge Not' e 'One Cup of Coffee'.
Entretanto Bob Marley formou, juntamente com Bunny Wailer e Peter Tosh a banda The Wailling Waillers, nome sobre o qual gravaram os primeiros singles durante a década de 60, e que lhes renderia, em 1972, o primeiro contrato com uma produtora musical.
A Island Records, responsável pela entrada do reggae no Reino Unido e que recentemente perdera Jimmy Cliff, o seu principal artista, viu com bons olhos o ingresso da banda nas suas fileiras.
O lançamento do legado de
200 milhões de discos vendidos

Seria sob a insígnia da Island Records que, em 1973, os Bob Marley & The Waillers lançariam o seu primeiro álbum: Catch a Fire, seguido logo no mesmo ano pelo seu segundo, intitulado Burnin’.
Nos dois primeiros álbuns estariam canções entretanto imortalizadas, como 'Get Up, Stand Up' e 'I Shot the Sheriff'.
O sucesso alcançado valeu à banda um episódio curioso: foram expulsos como banda de abertura da tournée de concertos nos EUA dos Sly and the Family Stone por já então angariarem mais popularidade e sucesso, que ofuscavam a banda principal.
Bunny Wailer e Peter Tosh abandonam os The Waillers em 1974, mas Bob Marley mantém o nome artístico da sua banda. Em 1975 rompe definitivamente para o estrelato à escala mundial com o álbum Natty Dread e, principalmente, com a canção 'No Woman no Cry', que coloca o reggae na cultura mainstraim. Rastaman Vibration, em 1976, seria o álbum que lhe abriria as portas do sucesso nos EUA, cativado pelo génio que conduzia às letras de ‘Who the Cap Fit’, ‘War’ ou ‘Crazy Baldhead’.
Nesse ano parte para Inglaterra e nos dois anos seguintes grava mais dois álbuns: Exodus (1977), que canções como ‘Jammin’ e ‘Exodus’ permaneceu na tabela de vendas do Reino Unido durante 56 semanas consecutivas, e Kaya (1978).
O verão de 1979 traz Survival, o álbum mais politicamente derivado de Bob Marley e, em 1980, é lançado aquele que viria a ser o último álbum veria nascer: Uprising.
Nesse ano, os Bob Marley & The Waillers eram encarados por muitos como a banda mais importante a nível mundial, sendo prova de tal estatuto o facto de terem esgotado um concerto perante 100 mil pessoas em Milão e de ter sido planeada uma digressão nos EUA com Stevie Wonder, outro ‘gigante’ da música na década de 80.
A outra paixão que lhe
trouxe a morte

Três anos antes tinha acontecido, contudo, algo que ditaria o fim prematuro da chama de Bob Marley no mundo. Durante um jogo de futebol, porventura a sua maior paixão depois da música, foi pisado no dedo grande do pé cuja ferida contraiu, soube-se depois, um melanoma maligno.
O melanoma rapidamente se desenvolveu para um cancro que se alastrou pelo corpo de Marley. Ainda com hipóteses de debelar as consequências da doença, vários médicos aconselharam-no a amputar o dedo, mas as suas crenças na religião Rastafari fizeram-no rejeitar tal hipótese.
O espírito e vigor que emanava em cada actuação ao vivo foram insuficientes para debelar a doença que, a 11 de Maio de 1981, levariam à morte do rei do reggae em Miami, interrompendo uma viagem de avião entre a Alemanha e a Jamaica, local onde fazia questão de falecer.
O dinheiro não pode comprar a vida», terá dito Bob Marley ao seu filho mais novo, Damien, momentos antes da sua morte




http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=18946

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